Num lugar morto...
Dominado pela desgraça,
Sinto um modo carinhoso de pavor...
Um lugar que eu julguei
Ser um paraíso...
Escondia a verdadeira danação
De uns grotescos sacerdotes de luxúria...
E a doce Maria, travestida
De ouro e mágoa...
E um pobre menino, nascido
Agonizante e sem voz...
Eu vejo lágrimas quebradas
Como chuva de vidros...
Eu vejo cores desbotadas,
Pelos muros lamuriantes...
E os grotescos em suas criptas de ouro
Seguindo o mestre dos sem - luz
Eu tento ver o sol,
Mas só vejo um céu cinzento
De frente ao mar
De aparência lúgubre e negra
O dia em que o riso morreu,
O dia em que o sol apagou,
O dia em que o tempo parou,
Uma espinha no rosto de Deus.
E os grotescos continuam em suas criptas de ouro...
Alann macumba
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